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O crescimento relativo e absoluto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), principalmente das doenças do aparelho circulatório, neoplasias e diabetes, expressa as intensas mudanças ocorridas nos padrões de adoecimento globais no mundo. No Brasil, as doenças cardiovasculares, o câncer, as causas externas e o diabetes representam 55,2% do total de causas de óbito, sendo que as doenças cardiovasculares respondem por 31% do total de mortes. Em 2005, relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde) projetava uma estimativa de incremento de 22% nas mortes por DCNT no Brasil nos 10 anos seguintes, e em especial, um crescimento de 82% nas mortes por diabetes.
O crescimento das DCNT resulta em mudanças no padrão de utilização dos serviços de saúde e no aumento de gastos em tratamento ambulatorial, internações hospitalares e reabilitação pelo Sistema Único de Saúde. Tais fatos, colocam importantes desafios e a necessidade de uma agenda para a implementação de políticas de saúde que possam dar conta deste novo perfil populacional.
Os principais fatores de risco controláveis das DCNT são a hipertensão arterial, o diabetes, o tabagismo e a dislipidemia. Estes fatores de risco estão fortemente relacionados a hábitos não saudáveis de vida, tais como a ingestão excessiva de sal, gorduras, calorias e álcool, sedentarismo e tabagismo. Além disso, estudos têm demonstrado que detecção precoce e o controle da hipertensão arterial e da hipercolesterolemia têm forte impacto na redução do risco de morte por eventos cardiovasculares, e o controle da glicemia e da pressão arterial no diabetes é capaz de reduzir o aparecimento e progressão de complicações microvasculares como a nefro e retinopatia.
No presente Manual, apresentamos a proposta da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC/RJ) para organização da rede de saúde no que diz respeito à implementação de linhas de cuidado para Doenças Cardiovasculares (DCV) e Diabetes. O objetivo final é o de permitir a detecção precoce e o acompanhamento adequado destas condições, de forma que se alcance a redução da mortalidade e a melhoria no prognóstico e qualidade de vida dos doentes.
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